A pandemia tem afetado a atividade econômica de muita gente. E, considerando o aumento de novos golpes previdenciários, parece que a crise financeira tem despertado o interesse de fraudadores em impulsionar ações criminosas contra aposentados e pensionistas.
Os estelionatários entram em contato com segurados da Previdência, por telefone, fingindo ser integrantes do Conselho Nacional de Previdência, com o objetivo de obter dados pessoais, número de benefício e extorquir dinheiro das vítimas.
Embora não seja comum, é possível servidores da Previdência Social manterem contato com segurados.
A própria instrução normativa número 77/2015, com o objetivo de complementar informações ou solicitar esclarecimentos, prevê que os funcionários mantenham a comunicação com o interessado “por qualquer meio, inclusive comunicação verbal, direta ou telefônica, correspondência, telegrama, faz ou correio eletrônico”.
Os fraudadores se aproveitam dessa possibilidade para se passar por servidores e roubar os aposentados.
A Previdência pode até entrar em contato por telefonema, mas não costuma requerer dado pessoal, se limitando a informar a pendência do requerimento. É preocupante por que as abordagens dos ladrões são criativas, convincentes e verossímeis.
De acordo com o advogado e consultor previdenciário Rômulo Saraiva, nem sempre o INSS pode ser responsabilizado por eventual prejuízo, principalmente se o segurado passou os dados aos estelionatários voluntariamente.
Diferentemente de quando há, por exemplo, o lançamento de empréstimo consignado fraudulento, mesmo o aposentado não tendo fornecido nenhuma informação.
Na dúvida, o melhor é se recusar a fornecer a informação a estranhos ou obter canais oficiais para fazê-lo.
Fonte: contabeis